Saudação:

"Saravá os pretos velhos;

adorei as almas"

Essa linha também como a dos caboclos é uma homenagem à esses babalaôs negros, que semeou e ajudou a difundir os mistérios dos sagrados orixás, que mesmo sofrendo a dor da chibata e a angústia do cativeiro, nunca deixaram se vergar pelas dificuldades e intolerância racial e religiosa sempre divulgando os orixás com amor, alegria e vida, entregando-se assim de corpo e alma à prática religiosa ligada aos orixás e ao culto à natureza. São regidos por pai Obaluaye e Mãe Nanã Buroque, são guias sapientíssimos, sábios e tudo que eles tocam se transmutam e se decantam, são eles que vão colher o lírio que brota do lamaçal, ou seja, que vão resgatar as almas tristes, desiludidas e sem vidas que pararam no meio do caminho e com amor, e uma sabedoria incondicional resgata, esses humanos encarnados ou desencarnados e fazem brotar do mais íntimo deles um choro de arrependimento e depois um largo sorriso de contentação por estarem voltando à vida e sentindo novamente o criador, dizendo que sempre esteve lá no mais íntimo deles e que nunca os haviam esquecido pois foi ele que os gerou, que mesmo eles se esquecendo de Deus e deixando de acreditar em Deus, Deus nunca havia se esquecido deles e nunca deixou de acreditar que eles um dia sairiam dos lamaçais da vida e seriam colhidos por mãos caridosas que os fariam retornar à vida.

Os pretos velhos, são isso e muito mais, são a própria caridade e não diferente de nenhum guia de Umbanda atuam regidos pelos mistérios aos quais foram consagrados e servem às divindades que mais identifica com suas naturezas.